Morando em Lisboa, parte I: Transporte, alimentação e compras

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Pensar sobre Lisboa é como lembrar de uma memória de infância. É algo antigo e precioso, e que você tenta colar todos os momentos de forma coerente.Ok, faz um tempinho que eu morei lá, e por isso a memória as vezes me falha – mas mais do que isso, Lisboa tem um encanto etéreo, algo que se torna mais bonito por ser velho, pois amadurece e se enche de histórias.

Mas vamos começar pelo começo. Me mudei para Lisboa em setembro de 2009, quando ganhei uma bolsa para fazer um período da faculdade de Comunicação em uma escola parceira da PUC, a Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

Uma amiga minha já estudava lá e me convidou para morar com ela no bairro de Arroios, perto da praça Chile. O local é pacato, mas perto de tudo.

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O melhor da localização era que eu ficava entre duas estações do metrô (pronunciado métro na terrinha) – a Alameda (linha vermelha) e Arroios (linha verde). Além disso em frente ao meu apartamento havia um ponto de ônibus que levava (em cerca de 20 a 30 minutos) para a Cidade Universitária, um aglomerado de diversos quarteirões que reúne várias faculdades.

Com o metrô você consegue fazer absolutamente tudo em Portugal. As linhas cortam praticamente toda a cidade, o transporte é seguro, organizado e funciona de 6h30 à 01 da manhã. Em nenhum momento me senti com medo de pegar o metrô sozinha de noite, pelo contrário, era meu meio de transporte favorito.

No início você pode se confundir um pouco com as linhas. São quatro: azul, verde, vermelha e amarela, e existem pontos de intercessão entre elas. É importante saber quais são as estações que se cruzam e como trocar de vagão entre elas.

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Mas por mais que possa parecer confuso no início, em menos de um mês você vai conseguir transitar pelas linhas (e pela cidade) sem dificuldades.

Sobre alimentação:

Como moro no Rio de Janeiro estou acostumada com preços exorbitantes. Contas de barzinho que chegam a R$80 por pessoa, restaurantes caros e com serviço razoável, supermercados inflacionados. Lisboa é quase o oposto disso. Ok, a moeda que você vai lidar é o euro, e existe uma dificuldade em não fazer a conversão para o nosso pobre Real, mas ainda assim Lisboa é uma pechincha.

Tive vários amigos franceses e italianos que ficavam surpresos com os preços da cidade, muito mais baratos do que os de suas terras natais.

Existem dois grandes supermercados em Lisboa, o Pingo Doce (um queridinho meu) e o Continente. Este segundo é mais um hipermercado e se associa mais ao nosso Extra, enquanto o Pingo Doce, menor e mais segmentado, se aproxima mais do Zona Sul ou Pão de Açúcar.

Uma coisa que percebi desde cedo é que a carne vermelha é cara em Portugal, mas em compensação peixes e frutos do mar são bem mais acessíveis. Os restaurantes também são em conta. Havia uma cantina clássica portuguesa em frente ao meu apartamento que cobrava sete euros pelo almoço – uma entrada de salada e pão (eles comem muito pão com azeite de entrada, mas tome cuidado, alguns restaurantes colocam o pão na mesa sem informar o preço, e cobram valores altos depois que você come – é sempre bom se informar), prato principal de peixe com batatas e ainda uma taça de vinho de mesa.

Os restaurantes das áreas mais populares como shoppings, Rossio ou Baixa Chiado podem ser mais caros, mas geralmente você consegue fazer uma excelente refeição por cerca de 20 euros.

Só é preciso ter atenção a uma coisa: Os serviços em Lisboa fecham cedo. Há diversos bares e restaurantes que fecham antes das 21h. É sempre bom confirmar os horários de funcionamento antes de se aventurar para uma refeição noturna.

Compras:

Para mim existem três lugares indispensáveis para compras em Lisboa: O Shopping Vasco da Gama (novo e moderno, fica localizado próximo ao Parque das Nações, na estação Oriente da linha vermelha), o Shopping Colombo (mais antigo, maior e mais suntuoso) fica localizado na linha azul – estação Colégio Militar/Luz – e o queridíssimo El Corte Inglês (quase uma Macy’s ou Bloomingdale’s) fica próximo à estação São Sebastião, que é acessível pelas linhas azul e vermelha.

O El Corte Inglês é uma loja de departamento multimarcas de diversos andares. Onde você encontra também um excelente cinema UCI, e um mercado de especiarias e itens gourmet no primeiro nível. Nos demais andares é possível encontrar de tudo: perfumes, joias, e marcas como – Burberry, Carolina Herrera, Calvin Klein, Lacoste, DKNY, Ralph Lauren, entre outras. Sempre fique de olho no site e redes sociais do El Corte para saber as épocas de grandes saldos.

Reprodução Google

 

 Ps: Oi gente! Sou nova aqui no blog. Espero que vocês tenham gostado do texto. Quando comecei a escrever sobre Lisboa fui lembrando de tanto material que não tem como colocar tudo em um só post. Nos próximos capítulos pretendo falar sobre: como é estudar em Lisboa, as principais atrações da cidade, restaurantes favoritos, vida noturna em Portugal, viajando pelos arredores e o que é tax refund. Até.

 

 

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Comentários (2)
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  • Roberta Duarte

    Seja bem vinda Pati!

    O post ficou maravilhoso, parabéns!!
    Estou muito feliz que você esteja conosco no Europamos.

    Beijos 🙂

    • Patrícia Rodrigues

      Obrigada! Estou muito feliz de escrever para o Europamos. Beijos 🙂