Nos últimos anos, tivemos um aumentado significativo da procura dos brasileiros por um país no exterior para morar, o motivo para o crescimento exponencial da vontade de deixar o Brasil, está diretamente relacionado com os efeitos causados pela corrupção, que vem destruindo o nosso pais.
Vistos para famílias, para intercâmbistas, dupla nacionalidade, enfim, muitos estão sendo requisitados pelos brasileiros que buscam uma vida melhor, com segurança, preços justos e qualidade de vida.
Essa vontade de morar fora aumenta quando as pessoas veem fotos com lindas paisagens postadas por amigos que já se foram nas redes sociais, fazendo crescer o desejo de estar ali e desfrutar dessas maravilhas. Também pode ser desenvolvida depois de visitar um país maravilhoso, que proporcionou bons sentimentos como segurança, justiça, respeito. Nesta caso a volta para a realidade do Brasil torna-se um pesadelo. Então os lamentos se tornam frequentes e junto com eles, o desejo voltar imediatamente para “aquele lugar maravilhoso” é inevitável.
A visão do turista é a mesma do residente?
Nem sempre a visão do turista é compatível com a realidade, principalmente da rotina do dia a dia.
É de extrema importância antes de bater o martelo para o lugar que irá residir, fazer uma vasta pesquisa com todos os pontos incluídos, sejam positivos e os negativos, esse planejamento precisa estar além das lindas paisagens e comidas deliciosas do local. Conhecemos muitos brasileiros que infelizmente não fizeram um bom planejamento e acabaram se decepcionando com a mudança.
Planejamento básico
Algumas perguntas básicas precisam ser respondidas por você antes da decisão de fazer as malas, costumo sempre citá-las em alguns posts para que nenhum detalhe nesse momento tão importante seja perdido, aqui estão elas:
- Por que exatamente eu pretendo morar nesse país?
- O local que eu escolhi vai me oferecer oportunidades de emprego?
- O estilo de vida se encaixa com o meu?
- Quais são os pontos positivos? Eles superam os negativos?
- Eu vou conseguir administrar a saudade dos meus amigos e familiares?
- Vou conseguir me adaptar ao frio ou ao calor?
- Tenho facilidade de adaptação à novas culturas e costumes? Ou caso precise, aprender uma nova língua?
- Entendo que estou saindo da minha zona de conforto?
- Já sei tudo sobre o custo de vida, aluguel ou compra de imóvel, transporte, saúde, preconceito contra estrangeiros, clima, estilo de vida?
- Todos os items acima pesquisados superam as minhas expectativas?
A dor e a delícia de uma vida no exterior
Provavelmente para quem nunca teve a experiência de começar uma vida do zero em outro país, pode ler esse post e pensar… Ahhhh! Qualquer coisa é melhor do que o que estamos vivendo no Brasil! Ou… Você está na Europa, não “reclame” de barriga cheia!
Quem já possui essa experiência, neste exato momento estará balançando a cabeça positivamente, apertando de leve os lábios e talvez se recordando dos primeiros anos que passou fora do seu país.
Não tenho a intenção de desestimular ninguém, apenas gostaria de pontuar o quão grande pode ser a responsabilidade da sua escolha.
Algumas famílias “fogem” dos problemas do Brasil e quando chegam em terras europeias por exemplo, são tomadas por um sentimento de frustração por não se adaptarem. Então começam a “pontuar problemas”, seja na saúde, transporte, clima e até na cultura. Claramente vemos que o problema não está no país em questão, mas na falta do planejamento.
Por isso, é importante antes da mudança você ter o conhecimento do local, entender se o lugar é compatível com as suas expectativas e se você será capaz de viver dentro desse novo modelo de vida.
Devemos entender que cada país possui suas particularidades, pontos positivos e negativos que nem sempre estamos preparados para enfrentá-los, então podemos desencadear um NOVO problema, só que agora estamos fora da nossa zona de conforto e cada probleminha, pode se tornar um problemão num piscar de olhos.
Tenho conversado com muitos brasileiros que como nós, também escolheram a europa para viver. A grande maioria afirmou que são necessários no mínimo 2 anos para se adaptar e desenvolver o sentimento de se sentir pertencente ao lugar. Portanto, não desista e nem se sinta culpado, caso você ainda se sinta um pouco perdido. Dê tempo ao tempo. 😉
O que fazer no primeiro ano
Com o planejamento bem feito, agora é só colocar em prática 😉
Divida por partes sua chegada:
- A primeira coisa que ajuda muito na adaptação é se permitir desfrutar do local, reserve 1 semana para se apaixonar pelo que o país tem de melhor;
- Resolva o que for mais burocrático, como: aluguel, escola, visto, conheça a área onde irá residir entre outros pontos;
- Reserve um tempo no seu dia, seja 1, 2 3 ou todos os dias na semana com algo que lhe traga prazer, seja uma academia, algum curso, conhecer museus e atrações, claro que cada um irá escolher o que for de acordo com suas expectativas e gostos;
- Não se cobre tanto, cada coisa no seu tempo;
- Se permita ser pertencente aos costumes, cultura do país, isso ajuda muito. 🙂