Meu filho aprendeu o inglês e agora esquece o português

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Me lembro como se fosse hoje, quando desembarcamos na Irlanda, a primeira coisa que pensava era como inserir meu filho nessa nova língua. Claro que minha mente borbulhava de como seria essa nova vida. E ainda mais como uma criança seria capaz de absorver tanta informação?

Voltando um pouco no tempo, posso dizer que as primeiras horas do meu filho na escola, foram as piores desde que cheguei em Dublin. Isso porque eu e meu marido estávamos assistindo ao seu primeiro dia da janela que separava a sala de aula do pátio, aquela “agonia” vendo ele tentando falar o português e ser compreendido e da professora se fazer entender por mímica. Mas o meu coração ficou inquieto por apenas 20 minutos [mas, parece uma eternidade], logo em seguida, meu príncipe já estava brincando e adaptado a essa nova realidade. Ufa!

Fiz alguns posts descrevendo esse processo para que pudesse compartilhar com riqueza os detalhes a minha experiência para a mães que possuem dúvidas em relação a essa daptação dos pequenos.

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E sem perceber, depois de 3 meses lá estava ele, falando sem pensar a nova língua. Claro que o incentivo e ajuda dos pais são fundamentais, uma amiga nos deu a dica de incluir todos os dias após a chegada da escola, além da sua tarefa, também complementar com vídeos do youtube por pelo menos 1 hora, o conteúdo era leve, com muita música e desenho que facilitava o Pedro a ter total atenção. Em casa, usávamos o pouco inglês que tínhamos para tornar familiar a linguagem. Isso ajudou muito.

Depois de 1 ano na Irlanda, o pequeno estava dando aulas para todos nós e nos corringindo o tempo todo, chegava em casa com novas expressões e nos perguntava em tom de quiz o que significava isso e aquilo, algumas vezes nem o google ajudava a gente, 10×0 para o Pedro.

Quais são as vantagens de uma criança bilíngue ou mais

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A capacidade de comunicação com os pais, familiares ou até mesmo para amplificar diálogos com pessoas estrangeiras ou em viagens para outros países. Além de ter benefício de desenvolver seu raciocínio em duas línguas diferentes, ampliando seu conhecimento e proporcionando maior acesso à informação global.

Está propensa a maior criatividade e “mente aberta”.

Amplia a cultura, por conhecer às histórias, tradições, comportamentos de povos diferentes.

Oportunidades futuras no mercado de trabalho.

Fluência – Pelo fato de aprender desde de criança, sua fluência e “accent” são considerados nativos.
Mas e o português, como está?
Hoje, a nossa preocupação maior é com o contato da língua portuguesa, como o seu dia a dia gira em torno do inglês, quando ele fala uma frase, 60% é em inglês e muitas palavras na sua língua mãe ele esquece, tenta explicar em inglês para se fazer entender. Além de seus amigos da escola de diversas nacionalidades, ele tem a melhor amiga, a Sofia que também é brasileira, então vocês pensam: Excelente, assim eles podem praticar o português! Negativo. Os dois só falam em inglês entre si e temos que pedir o t-e-m-p-o  t-o-d-o para falar em português.

Adotei um método para que ele não perca o contato com a linguagem, leio livros em português, coloco vídeos para aprimorar seu vocabulário e equiparar ao inglês, pois hoje ele possui um catálogo muito maior de palavras na língua inglesa se comparar à portuguesa. No próximo semestre ele irá frequentar aulas aos sábados na comunidade brasileira que existe por aqui, para que seja mais um canal, além de aprimorar sua alfabetização, também é uma forma de conhecer a nossa cultura e história para não perder a sua essência, sua raíz.

Foto: Reprodução Google

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