Islândia vai ser o primeiro país a exigir prova de igualdade salarial às empresas

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Governo de Bjarni Benediktsson vai submeter a proposta de lei ao Parlamento ainda durante o mês de março. A certificação é obrigatória para empresas do setor público e privado e tem o apoio dos partidos da oposição.

A Islândia prepara-se para ser pioneira em matéria de igualdade. O Governo liderado por Bjarni Benediktsson anunciou esta quarta-feira – Dia Internacional da Mulher – que vai obrigar os empregadores do país a provar que pagam o mesmo salário para trabalho igual, independentemente do género, etnia, sexualidade ou nacionalidade.

O Executivo islandês informou que vai submeter ao Parlamento, ainda em março, a proposta de lei, que se aplica a todos os patrões com mais de 25 funcionários. De acordo com as previsões do Governo, a aplicação da nova medida, que conta com o apoio dos deputados na oposição, deverá acontecer até 2020.

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“Precisamos de garantir que homens e mulheres têm oportunidades iguais no local de trabalho. É a nossa responsabilidade tomar todas as medidas necessárias para conquistar isso”, justificou o ministro para a Igualdade e Assuntos Sociais islandês, Thorsteinn Viglundsson. “Chegou a altura de fazer algo radical sobre esta questão”, frisou.

A Islândia segue, assim, o exemplo de outros países e do estado norte-americano do Minnesota, que têm políticas de certificação de igualdade salarial, mas acrescenta-lhe a ‘nuance’ de que a certificação é obrigatória para empresas públicas e privadas, tornando o país pioneiro na matéria.

Thorsteinn Viglundsson considera que algumas pessoas argumentaram que a nova lei impunha burocracia desnecessária às empresas porque a desigualdade salarial estava a diminuir e reconhece que esta norma representa “mais obrigações para as empresas”.

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Em outubro, milhares de islandesas saíram do trabalho às 14:38 para se manifestarem junto ao parlamento contra a desigualdade salarial de género, na medida em que cálculos dos grupos de defesa dos direitos das mulheres indicam que, a partir daquela hora, as mulheres trabalham de graça.

Fonte: Jornal Económico

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