O ex-primeiro ministro britânico quer convencer os habitantes do Reino Unido a revoltarem-se contra o Brexit

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Tony Blair vai começou sexta-feira a sua campanha para convencer os votantes do referendo que “não sabiam” das consequências do Brexit. No seu discurso, numa iniciativa do grupo pró-europeu Open Britain, Blair defendeu que não se deve acionar o artigo 50 do Tratado da União Europeia (EU), que iniciará o processo de saída do Reino Unido da União.

“A única característica da política de hoje é a propensão para a revolta”, disse.

“Os Brexiters querem que essa revolta fique pelo ano de 2016”. “Garantem-nos que as pessoas não podem alterar [o resultado do Brexit]. E que sair é inevitável. Não é”. O antigo primeiro ministro defende que há uma larga maioria social, composta “por muitos milhões de pessoas” que recusam a saída do Reino Unido das instituições europeias. “Não é tempo para retirada, indiferença ou derrotismo, mas tempo para nos levantarmos e defendermos o que acreditamos”. Blair defende ainda que a insistência na saída do Reino Unido das instituições da UE põe em causa a própria unidade do país, prevendo que volte a estar sobre a mesa a questão da independência da Escócia, dada a oposição dos escoceses ao Brexit.

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Antes do discurso, o ex-ministro do governo conservador e ativo defensor da saída, Iain Ducan Smith, condenou a iniciativa de Blair como “arrogante e anti-democrática”.

Por sua vez, o governo britânico reafirmou “o seu compromisso absoluto” com o Brexit e o resultado do referendo.

Fonte:Ion-line.sapo

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