Já imaginou pousar em um deserto, no meio de uma mata ou em lugares até então impossíveis para aviões normais?
Pois é exatamente isso que o Airlander 10 foi projetado para fazer.
A revolução acontece em suas hélices, as quais permitem decolagens e pousos verticais, sem precisar de pistas na horizontal. Ou seja, o veículo pode levar uma grande quantidade de passageiros a lugares até então sem condições físicas de comportar aeroportos ou sem terrenos apropriados para aviões normais.
O formato um tanto quanto peculiar lembra um zepelim (e, hum, digamos, outras coisas também) e faz com que essa aeronave seja superaerodinâmica e mais leve do que o ar, permitindo velocidades de até 148 km/h e voos de até cinco dias, se tripulada, ou de duas semanas, sem passageiros.
As semelhanças com os zepelins acabam na forma. O Airlander é muito mais seguro do que os antigos veículos preenchidos por gás hidrogênio e facilmente inflamáveis, pois funciona com gás hélio e conta com mecanismos mais seguros.
Além disso, desde o seu lançamento, conquistou o título de maior aeronave em funcionamento no mundo, com 96 metros de comprimento (o Airbus A380, agora a segunda do ranking, é 20 metros menor) e 43 metros de largura. Durante a construção, sua estrutura foi guardada, em segredo máximo, dentro de um hangar gigante por anos.
Originalmente, foi esquematizada para fins militares americanos, para poder levar alimentos e munições a locais de difícil acesso. Porém, por questões monetárias, o projeto foi para outro caminho. Boa notícia para os viajantes de carteirinha que, em breve, após um período de horas de voo, poderão tripular o Airlander que transcenderá as fronteiras da aviação, levando o ser humano ainda mais longe.
Fonte: Viagem e Turismo
Foto: Divulgação