Diz a BBC que o Porto não escapa ao epíteto de “Second City”, sendo aliás um dos seus exemplos clássicos. Porém, esta classificação técnica, que para muitos até pode ser considerada negativa, por gerar alguma inferioridade face à “capital” de um país, é tudo menos literal. Exemplos não faltam no mundo.
Eric Weiner, que assina artigo publicado na BBC Travel, suspeita mesmo que o inventor deste termo nunca terá vivido numa destas cidades.
Tal como o Porto, também Cracóvia (na Polónia), Roterdão (na Holanda), Montreal (no Canadá), Córdoba (na Argentina), ou até Chicago (nos Estados Unidos) estão incluídas no lote das chamadas “Segundas Cidades”. Mas, de acordo com a publicação da BBC, “não há absolutamente nada de segunda categoria nestas cidades”, para além da própria definição técnica. Na verdade, estas são cidades que, em comum, oferecem aos viajantes experiências de primeira qualidade.
E o que têm, então, de tão atrativo e sedutor estas “Second City”? Eric Weiner ensaia uma resposta: “Para começar, são, por definição, menos povoadas, e isso significa menos aborrecimentos.” Mas não só. Por não serem a “primeira cidade”, o viajante vem já com menores expetativas, “o que só pode ser bom” nota o autor.
Ao viajar e descobrir o Porto, Eric Weiner depressa se encantou pela cidade dos azulejos, que é também mundialmente conhecida pelo seu famoso vinho do Porto. “Mas a cidade é muito mais do que isso, muito mais, insisto”, escreve o jornalista, rendido à vibrante arte que invade as ruas da cidade, mas também ao museu de arte contemporânea da Fundação Serralves e, até, ao possivelmente mais bonito McDonald’s do mundo, no antigo Imperial Café.
Da arqueada ponte Luiz I, passando pela arquitecturalmente improvável Casa da Música ou ainda pela gloriosa e inspiradora Livraria Lello, “toda a cidade parece imbuída de um esplendor inesperado”, resume Eric Weiner, para quem só há um cliché que, de facto, assenta na perfeição ao Porto, dizer que esta “é uma cidade mágica”.
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Fonte: Porto.pt