Ranking lista os melhores países do mundo para se trabalhar como estrangeiro

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Em um mundo globalizado como o nosso, é comum ver pessoas saindo de seus países de origem para trabalhar em outros.

Para descobrir qual é melhor destino com essa finalidade, o banco HSBC elaborou um questionário online que foi respondido por cerca de 27 mil empregados estrangeiros em 100 países diferentes.

Os critérios avaliados foram diversos – e o país melhor ranqueado foi a Suíça.

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“O único critério para participar era viver em um país diferente ao de nascimento e ter pelo menos 18 anos”, explicou à BBC Bem Robinson, da Expat Explorer, a ferramenta interativa criada pelo HSBC para avaliar os diferentes destinos.
O ranking compara em primeiro lugar o valor do salário – uma categoria em que a Suíça vence disparado, oferecendo um valor anual de US$ 188.275 (R$ 601.952), quase o dobro da média mundial.
Em segundo lugar, quando o assunto é apenas salário, ficou Hong Kong, com um pagamento médio de US$ 169.756 (R$ 542.743), seguida pela Índia, que registra US$ 145.057 por ano (R$ 463.776). Os EUA aparecem em sexto, com uma remuneração anual de US$ 129.794 (R$ 414.977).
Mas a ordem da lista final, que também leva em conta fatores como segurança, qualidade de vida, serviços de saúde e facilidade para fazer amigos, é um pouco diferente.

O segredo suíço

A Suíça encabeça a lista do HSBC pelo segundo ano consecutivo tanto em salário como em termos gerais.

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O país é sede de diversas empresas multinacionais, entre elas a farmacêutica Novartis, a Glencore (principal companhia privada dedicada a compra, venda e produção de matérias-primas e alimentos do mundo) e a firma de serviços financeiros e investimentos UBS Group AG.
A sede da ONU também está na Suíça.

Suíça

“Os trabalhadores estrangeiros colocam a Suíça no topo da lista não só pelos salários, mas pelo bem-estar”, disse Dean Blackburn, chefe do HSBC Expat, divisão do banco dedicada a serviços para trabalhadores estrangeiros.
Dos empregados que responderam ao questionário, 69% garantem que o equilíbrio entre trabalho e vida privada melhorou quando se mudaram para o país europeu.
Mas alguns trabalhadores deram uma baixa pontuação à Suíça em outros critérios.
No quesito “fazer amigos” e “vida social”, o país deixou um pouco a desejar, segundo parte das pessoas que responderam a pesquisa. Mas no quesito “qualidade de vida”, foi muito bem.


Domínio europeu

Na lista geral de destinos do ranking, seis das dez primeiras posições são ocupadas por países europeus – Alemanha e Suécia ficaram com o segundo e terceiro lugar geral, apesar de seus salários não serem os melhores.
“A Alemanha oferece melhor segurança de trabalho e, no caso da Suécia, muitos trabalhadores elogiaram o equilíbrio entre trabalho e vida particular”, disse Blackburn.
No ranking geral, os Estados Unidos ficaram no 30º lugar.

OS DEZ DESTINOS FAVORITOS
1. Suíça
2. Alemanha
3. Suécia
4. Emirados Árabes Unidos
5. Noruega
6. Cingapura
7. Áustria
8. Hong Kong
9. Reino Unido
10. Bahrein

 

A Índia é um caso curioso da lista – apesar de figurar em terceiro lugar no ranking de melhores salários pagos a estrangeiros, ela aparece apenas em 26º na colocação geral.

Isso se deve principalmente às reclamações dos trabalhadores sobre a “experiência geral”, um critério que inclui estilo de vida, facilidade de transporte e instalações no país.

A Índia é considerada um dos melhores lugares para progredir em termos de carreira ou para começar um negócio – ou até mesmo para conquistar objetivos financeiros a longo prazo.

O HSBC afirma que cerca de 89% dos empregados estrangeiros no país recebem ao menos um benefício financeiro adicional por se mudar para lá.

Cerca de 38% dos trabalhadores que responderam ao questionário afirmaram que, graças a esses benefícios, eles poderiam poupar dinheiro para conseguir financiar a educação dos seus filhos no futuro e conseguiriam melhorar sua situação econômica a longo prazo.

Em comparação com outros países da Ásia, a Índia atrai ainda a maior porcentagem de trabalhadores estrangeiros que se tornam empresários.

Os 11% expatriados na Índia acabam criando sua própria empresa, em comparação com uma média de 5% no resto do continente.

‘Fazer carreira’

Quanto aos “pacotes de benefícios”, que incluem seguro saúde, moradia e passagens de avião para visitar o país de origem, os melhores destinos para se trabalhar são os países do Oriente Médio, como Bahrein e Emirados Árabes Unidos.


Mas quando o assunto é desenvolvimento de trabalho a longo prazo e perspectivas para um crescimento na carreira, mais de 60% dos trabalhadores garantiram que Hong Kong e Cingapura ofereciam as melhores oportunidades.

No entanto, 30% dos empregados em Cingapura e 50% dos trabalhadores de Hong Kong asseguraram que o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho havia piorado durante o período de estadia na Ásia.

“Alguns trabalhadores que se mudam para outros países querem um caminho rápido para progredir na carreira, outros buscam acumular dinheiro e outros ainda preferem ter um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal”, explicou Blackburn.

Com isso, concluiu o chefe do HSBC Expat, o melhor destino para se trabalhar no exterior vai depender dos objetivos de cada um.

HSBC elaborou ranking com base em um questionário com a participação de 27 mil funcionários estrangeiros de 100 países diferentes

 

Fonte: BBC

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