Conheça quais são os países que vivem o maior número de estrangeiros

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Os Estados Unidos é, entre as grandes potências mundiais, o país com maior número absoluto de estrangeiros. São cerca de 46,6 milhões de imigrantes vivendo em território norte-americano, o equivalente a 14,5% da população local. A Alemanha, por exemplo, tem 12 milhões de imigrantes (14,9% da população) e a Rússia contabiliza 11,6 milhões, que representam 8,1% do total de pessoas vivendo naquele país.
Mas, em termos proporcionais, nenhum dos três chega perto de algumas nações que chegam a ter mais moradores estrangeiros do que nascidos no próprio país.

Esse ranking é liderado pelos Emirados Árabes, onde 88,4% da população é composta por estrangeiros. Isso significa que, dos 9,1 milhões de pessoas que lá vivem, 8,09 milhões são imigrantes.
Catar e Kuwait respondem, respectivamente, pelo segundo e terceiro lugares do ranking compilado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais das Nações Unidas.
Esses três países ricos em petróleo têm sido, nas últimas décadas, o principal destino de quem busca oportunidades temporárias de emprego e melhor padrão de vida.

Fonte: Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU

Em busca de emprego
Mas quem são esses imigrantes? E como é viver num país onde a maioria da população é estrangeira?
“Em toda a região do Golfo Pérsico e, em particular nos Emirados Árabes, Catar e Kuwait, há bastante oportunidade de emprego em setores como construção, manufatura, indústria do petróleo e no setor doméstico”, explica à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Jeanne Batalova, analista do Instituto de Políticas de Migração (MPI, na sigla em inglês), centro de estudos baseado em Washington.
“Por isso, são destinos muito populares entre trabalhadores que não encontram emprego em seus próprios países”, completa.
A maioria dos que vão para o Golfo Pérsico vem do Sudeste Asiático, explica a analista. Eles vêm principalmente da Índia, Paquistão e Bangladesh, mas também há imigrantes da Malásia, Indonésia e Filipinas.

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Esses trabalhadores acabam ocupando empregos pouco qualificados.

Indianos e paquistaneses que vão para o Golfo Pérsico são, em maioria, homens contratados para trabalhar na construção civil e em fábricas.
Já as mulheres que se mudam para a região, especialmente de Bangladesh, Indonésia e Filipinas, normalmente se dedicam a empregos no setor doméstico e de vendas.
Programas de trabalho
Essa rica região petroleira também atrai trabalhadores de países ocidentais que atuam não apenas na indústria do petróleo e gás, como também em educação, finanças e investimentos.
“Nos últimos dez anos, Emirados Árabes, Catar e Arábia Saudita têm se esforçado em desenvolver suas indústrias de tecnologia e de educação universitária”, explica Batalova.

Ela afirma que foram construídas universidades que oferecem pacotes muito atrativos para professores e estudantes de pós-graduação de todo o mundo, em especial da Austrália, Estados Unidos e Reino Unido.

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São nações dependentes, no momento, da mão de obra estrangeira para conseguir sustentar não apenas o crescimento econômico como também um padrão de vida mais elevado.
Para isso, esses países criaram programas de trabalhos temporários que permitem às empresas contratarem tanto nacionais como estrangeiros.
“Com esses programas de contratação, esses países podem abrir ou fechar suas portas rapidamente dependendo da situação”, explica a analista do MPI.
Quando o preço do barril de petróleo despencou, por exemplo, houve suspensão de projetos de construção e redução no número de turistas. Consequentemente, caiu a demanda por trabalhadores nesses setores.
Assim, os fluxos de migração na região do Golfo Pérsico registram altas e baixas a depender do desempenho econômico.

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Fonte: BBC

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