Você sabe no que as comissárias de bordo reparam quando os passageiros entram no avião?

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Se pensa que a tripulação de cabine não está atenta à entrada dos passageiros, desengane-se. Há traços marcantes que são fixados pelos comissários de bordo quando os passageiros cruzam a porta de entrada do avião. Saiba quais são a seguir.

Regra geral, são simpáticos, recebem-nos com um sorriso, um cumprimento e ajudam-nos a encontrar o nosso lugar. Esta é a primeira impressão que ficamos de um/a comissário/a de bordo quando entramos no avião. Mas fique a saber que estes profissionais estão muito atentos a vários sinais importantes dos passageiros.

O site Quora colocou a seguinte pergunta: “o que é que as comissários de bordo reparam nos passageiros quando estes embarcam no avião?”. Conheça a seguir algumas respostas:

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Alerta de bebedeira

De acordo com Sjaak Schulteis, comissária de bordo há 30 anos, passageiros embriagados podem ser impedidos de entrar no avião.

“Se um passageiro embarca bêbado ou sob o efeito de drogas, pode acontecer que seja impedido de voar. A primeira impressão é, quase sempre, certa e podemos recusar passageiros que possam pôr em risco a segurança do voo. Até a data, recusei quatro passageiros, com o apoio de outros colegas de voo. Todos eram passageiros embriagados”, respondeu a comissária de bordo.

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Os músculos contam

As pessoas fortes, musculosas e saudáveis podem ser mais facilmente fixadas pelos comissários de bordos.

“Considero esta pessoa como um recurso. No caso de um ataque durante o voo, estas são pessoas a quem posso recorrer. Se houver uma situação tensa em desenvolvimento, eu recorro discretamente a um destes passageiros e pergunto se estariam dispostos a ajudar-nos, caso necessário. Pode ser uma ajuda para paralisar um passageiro enfurecido. Esperamos que nunca aconteça, mas estamos preparados para estes cenários”, explicou Janice Bridger, comissária de bordo há 27 anos.

Colegas de trabalho

Outro tipo de passageiro que chama a atenção é aquele que já trabalhou ou trabalha no ramo da aviação.

“Foram treinados para agir em caso de emergência, médica, mecânica, etc. Sabem lidar com as situações, tal como eu, e estão prontos para “entrar na equipa”, caso seja necessário. São um recurso valioso para mim e, por isso, gosto de saber onde estão sentados”, disse Janice Bridger.

Sinais de doença grave

Passageiros que tenham sinais de doenças infeciosas, contagiosas ou num estado grave podem ser também impedidos de voar.

“Nós estamos num espaço fechado, portanto, se uma pessoa está doente, não é justo que possa contagiar as outras”, respondeu a comissária de bordo Amar Rama, referindo que é melhor para todos que os problemas de saúde mais sérios aconteçam no solo.

“Numa ocasião, vi uma mulher a sofrer um ataque cardíaco no portal de embarque. Fiquei agradecida que tenha acontecido no solo e não durante o voo. Os comissários são treinados para os primeiros socorros, mas não podem fazer diagnósticos nem têm formação médica”, disse a comissária.

Medo e ansiedade

É sabido que o medo de voar é uma fobia que atinge muitas pessoas. Quando a ansiedade transparece, as comissárias de bordo costumam fixar os rostos mais desesperados, “para dar uma palavra de conforto e coragem”, referiu Janice Bridger.

Necessidades especiais

Passageiros com necessidades especiais merecem uma atenção redobrada por parte do olhar das comissárias de bordo.

Tanto para terem mais assistência durante o voo, como para conseguirem um lugar mais confortável, mas também em caso de emergência. “Se alguma coisa acontecer, quero certificar-me de que ninguém é deixado para trás”, comentou Amar Rama.

Nada de ilegal

Há sempre quem tente dar a volta às regras e recomendações de segurança. “Já apanhei pessoas que tentam trazer animais de estimação na bagagem de mão ou trazer garrafas de bebidas alcóolicas para beber dentro do avião (é possível entrar com garrafas fechadas, compradas no aeroporto, mas não pode consumi-las no avião)”, explicou Janice Bridger.

“Tenho de estar vigilante e atenta, tudo isso por detrás da minha expressão de simpatia e boas-vindas”, concluiu esta comissária de bordo.

 

Fonte: sapo.pt

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