Países em que é possível estudar de graça (ou quase)

Quando o assunto é estudar fora, os destinos mais procurados pelos brasileiros são Canadá, Estados Unidos e Inglaterra, de acordo com a Associação Brasileira de Organizadores de Viagens Internacionais e Culturais (Belta).

Embora os EUA estejam em primeiro lugar, o fato é que o sonho americano muitas vezes esbarra num ponto difícil de ser superado: o alto custo.

No entanto, existem países em que é possível estudar de graça ou a preços bem menores. E o melhor: os programas são em inglês, mesmo essa não sendo a língua oficial das nações. O site Estudar Fora, da Fundação Estudar, reuniu a seguir seis opções de lugares onde o intercâmbio é bem mais acessível:

Alemanha

O ensino superior na Alemanha é gratuito, inclusive para estrangeiros, e as universidades públicas do país são mundialmente reconhecidas. Em boa parte dos casos, o estudante precisa pagar apenas uma taxa administrativa semestral, que vai de 150 a 250 euros. Não é necessário saber falar alemão para se candidatar a um curso superior, já que há vários programas em inglês nas instituições alemãs.

A Universidade de Hohenheim, em Stuttgart, por exemplo, oferece o curso de mestrado em ciências bioeconômicas de graça e em inglês. São 45 vagas e o estudante deve apenas pagar cerca de 160 euros em taxas administrativas.

Porém, o estudante que opta pela Alemanha precisa comprovar que possui dinheiro para se sustentar: geralmente, o governo exige 8.000 euros para um ano. O país autoriza universitários brasileiros a trabalhar 120 dias por ano em tempo integral ou 240 dias meio período.

França

A França possui mais de 76 cursos de graduação em inglês, mas a maioria é oferecida por universidades particulares e costuma ser cara. Já para quem procura pós-graduação, há preços bastante viáveis. O mestrado de engenharia de nanotecnologia da Universidade de Lyon, por exemplo, custa cerca de 500 euros por ano (mesmo para estudantes não europeus), já com o seguro saúde incluso. O curso tem duração de dois anos e as aulas são em inglês. Já a pós-graduação em Estudos Culturais Comparados da Universidade Jean Moulin, em Lyon, custa 250 euros e tem duração de dez meses.

Segundo o governo francês, o universitário precisa de 430 euros por mês para se manter enquanto estuda no país. Alunos internacionais podem trabalhar até 964 horas ao ano na França, o que corresponde a 60% da carga horária de uma pessoa com emprego em tempo integral.

No site campus France Brasil, da agência oficial de promoção do ensino superior francês, há informações em português. E você também pode tirar suas dúvidas na página do Consulado Francês no Brasil.

Portugal

Assim como na França, a maioria dos cursos de graduação em Portugal têm custo elevado. Contudo, para quem busca pós-graduação, o país pode ser uma excelente opção. O mestrado em Energia Sustentáveis, do Instituto Politécnico do Porto, por exemplo, custa 950 euros ao ano e dura dois anos. Já o mestrado em Engenharia Informática e Sistemas de Informação, oferecido pela Universidade Lusófona, dura dois anos e custa, em média, 720 euros.

Finlândia

A Finlândia é uma das nações com melhor qualidade de ensino e de vida do mundo. O país oferece cerca de 450 programas de pós-graduação em inglês, todos completamente gratuitos, independentemente da nacionalidade do aluno. É o caso do mestrado em Arquitetura, oferecido pela Tampere Universityof Technology e com duração de dois anos.

No entanto, o aluno precisará arcar com seus gastos pessoais. O país permite que universitários não europeus trabalhem 25 horas por semana durante o período letivo. O site da embaixada da Finlândia no Brasil oferece diversas informações em português para quem pretende estudar lá.

Noruega

Todas as universidades públicas da Noruega são gratuitas, e o estudante (mesmo estrangeiro) deve apenas pagar uma taxa semestral de 30 a 60 euros. Há várias opções de cursos em inglês no país: só de pós-graduação são mais de 200. É o caso, por exemplo, do mestrado em economia da Universidade de Oslo, que tem duração de dois anos e é totalmente gratuito.

No entanto, é bom lembrar que Noruega é um dos países mais caros do mundo e, embora as universidades sejam gratuitas, o custo de vida é altíssimo. Além disso, o clima do país, extremamente gelado, pode ser bastante difícil para os brasileiros. Os universitários não europeus podem trabalhar 20 horas por semana. O site Study in Norway traz detalhes sobre os cursos gratuitos.

Eslovênia

A Eslovênia faz fronteira com a Itália e com a Croácia e oferece cerca de 150 programas totalmente em inglês e a preços acessíveis. O mestrado de Justiça Criminal e Segurança, oferecido pela Universidade de Maribor, por exemplo, custa 2.300 euros por ano, independentemente da nacionalidade do estudante. O programa dura dois anos e é em inglês. Está em dúvida se vale a pena estudar na Eslovênia? Veja dez motivos para se mudar para lá agora. E confira detalhes sobre o ensino superior no país e cursos de pós-graduação.

Fonte: Época Negócios 

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