A imagem que Amsterdã (e, de certo modo, toda a Holanda) passa ao resto do mundo é um destino bem extravagante, liberal e sem apego aos rótulos. Uma quase anarquia que ama sua monarquia. Não que isso não seja verdade, mas aqui também é uma cidade bastante família, com ótimas atrações para crianças e adolescentes.
Há muitas boas áreas verdes, a maioria dos grandes museus possuem agenda e exposições dedicadas aos pequenos e pai nenhum precisa se sacrificar para agradar a todos. A própria cidade convida a uma interação lúdica, com casinhas funcionais (explique o porquê das grandes janelas das casas, dos suportes para roldanas no topo dos prédios e quem mora nos barcos*), o complexo sistema de canais e um número sem fim de bicicletas disputando espaço com os bondes.
A atração
Museu Van Gogh. Traga-as aqui para ver ao vivo aquilo que aprendem na escola. Nos últimos anos muitos professores de educação artística têm usado as obras do velho Vincent em suas aulas. Não é para menos: as fortes cores e os temas cotidianos (casinhas, campos floridos, flores, céu estrelado) são muito próximas do universo infantil. O próprio museu possui atividades para o pequeno público.
Caso chova (o que nada difícil por aqui), não deixe de conhecer outros museus como o Rijksmuseum e o Museu Histórico de Amsterdã.
Foto: Reprodução google
Passeios para toda a família
Na área portuária há duas grandes atrações: o NEMO e o Museu Marítimo. O primeiro é um grande centro de ciências instalado em um edifício projetado por Renzo Piano, um dos arquitetos do Centro Pompidou de Paris. Já no segundo as crianças terão a oportunidade de visitar um veleiro de verdade e conhecer um pouquinho sobre a rica história mercantil e naval dos holandeses, que um dia dominaram territórios do nordeste do Brasil à Indonésia.
Ainda no tema história, não deixe de ir à cidade de Haia, 50 minutos de trem ao sul, para conheer a Casa de Maurício de Nassau, o Mauritshuis. A casa do antigo governador-geral do Brasil holandês hoje abriga um pequeno museu com grandes obras de Rembrandt, Paulus Potter, Carel Fabritius e Vermeer. Atualmente fechado para reformas, a previsão de reabertura é para meados de 2014. Parte das obras de seu acervo está exposta na cidade ou está em tour pelo mundo.
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A comidinha
c. Oh, meu deus, este é provavelmente o biscoito mais gostoso do planeta. Dois waffles macios com uma massa com leve toque de canela e um recheio caramelado são a companhia perfeita para um chocolate quente.
Holandeses também curtem os broodjes, sanduíches que levam presunto defumado, salmão, os deliciosos queijos locais (edam, gouda, Delft blue e maasdam são verdadeiras iguarias) e os odiados alface e tomate.
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Para deixá-las exaustas
Amsterdã possui alguns bons parques para quem precisa de um pouco de ar puro. Na parte central está o Parque Vondelpark, querido e eclético paraíso da contracultura. Junto ao Rijksmuseum está o sempre bem-vindo gramadão do Museumplein. Mais ao sul está o agradável Amstelpark, com playgrounds, belos canteiros floridos e até uma fazendinha com pôneis e ovelhas. Ótimo lugar para fazer piqueniques.
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Programa de adolescente
Há dois obrigatórios e nenhum deles é o Red Light Zone.
Para mostrar como seus filhos são afortunados, leve-os para a Casa de Anne Frank, onde a jovem menina judia e sua família se esconderam por meses da perseguição dos invasores nazistas até serem supostamente delatados e enviados para campos de concentração. Só o pai de Anne, Otto, retornou. Aproveite para comprar um exemplar de seu belo e singelo diário na livraria.
Um pouco mais alegre é assistir a uma partida de futebol na Amsterdam Arena, casa do AFC Ajax. O time mais popular do país já contou com craques como Cruijff, Van Basten e Kluivert e um jogo no moderno estádio é diversão na certa.
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O meio de transporte
Escolha difícil. Eu ficaria com todos. Primeiro, os ônibus aquáticos que percorrem os canais principais de Amsterdã. Depois, uma bicicleta alugada. Para os trechos mais longos, use os bondes. Mas, no final, o melhor mesmo é conhecer a cidade a pé.
Dicas básicas
Amsterdã é uma cidade compacta, com as melhores atrações a curta distância umas das outras. Como é praticamente plana, as crianças não reclamarão e empurrar o carrinho do bebê não será problema. Aproveite então para caminhar bastante, fazendo pit-stops em cafés e lanchonetes (o distrito de Joordan e os arredores do Museumplein têm ótimas opções) e curtindo o simpático casario, as sombras das alamedas junto aos canais e os mercados de flores e suas praças.
Fraldas, papinhas, fórmulas lácteas e toda a parafernália infantil são encontradas facilmente em supermercados, inclusive de marcas com as quais você estão acostumados.
Ah, e se elas reclamarem que querem ver moinhos de vento, o local mais próximo é Zaanse Schans. Não é uma maravilha, mas tem de tudo um pouquinho: moinhos abertos para visitas, lojas de queijos e até um simpático museu de relógios.
*Muitas casas de Amsterdã tem origem mercantil: o mesmo imóvel era residência e comércio. O gancho no alto da fachada servia (e ainda serve) para içar mercadorias e móveis volumosos, que entravam na casa exatamente pelas janelas grandes, que também contribuem para melhorar a iluminação interior. Já os barcos estacionados nos canais são casinhas completas, com gás, água, esgoto e energia elétrica. Muitas não saem do lugar há anos.
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Fonte: Viagem