Sempre tivemos este sonho, eu e minha família, em experimentar morar em outro país. Então vamos para Espanha.
Achávamos que seria importante para nossas filhas este intercâmbio cultural, não tínhamos a ideia de como aconteceria, do que encontraríamos por lá ou se ficaria apenas nas planilhas não concluídas da vida. E agora?
A decisão de morar na Espanha foi tomada por uma oportunidade do trabalho do meu marido. A cidade escolhida para viver foi Sevilla (Sevilha) por 2 anos. A nossa transferência ocorreu em um tempo muito curto, 2 meses. Imagina como foi nesse meio tempo organizando tudo…
Começou com um sorriso leve e uma respiração profunda, a alegria de termos essa oportunidade era tão grande, mas também vinha com uma mistura de insegurança e a famosa frase, “vai dar tudo certo !”. Voltando um pouco a realidade, me perguntava: Onde fica mesmo essa cidade?
Sevilha não é muito grande, é segura e linda. Um lugar com a importância histórica na Europa, está sempre cheia de turistas do mundo inteiro, além de ser referência hospitalar para as cidades menores e com muitos universitários.
O transporte público funciona muito bem, me sinto segura em caminhar por cada rua desse lugar. Minha filha mais velha sai à noite e fico em paz, no Rio de Janeiro, onde morávamos não me sentia assim. E sinceramente, quem é mãe sabe que essa sensação não tem preço. 🙂
Aos poucos a cidade foi me encantando e foi então que eu descobri o que é ter tempo, aquela preciosidade que no Brasil, pela minha vida agitada e corrida, era extremamente difícil.
Muitas pessoas me perguntam: E a saudade? Claro que de tempos em tempos ela aparece, sinto falta da família, dos amigos, mas estamos no século XXI e viva todas as fomas de comunicação digital. Isso ajuda muito a amenizar.
Adaptação
Chegamos aqui em meados outubro de 2015, o ano escolar já havia começado, em setembro. A adaptação de cada um foi de uma forma, sabíamos que teríamos que nos esforçar e talvez reinventar para que todo esse esforço desse certo e não tivéssemos aquele sentimento de frustação e voltar para casa, sabe?
A minha filha mais nova, a Júlia estava com 9 anos e começava o 5ºano, foi então que nos indicaram uma escola particular onde existia uma professora brasileira, ufa! Isso era real? O que foi muito importante para ela, pois como não tivemos tempo de fazer aulas de espanhol, vem toda aquela preocupação [Novamente] de mãe de como seria seu relacionamento na escola, se sofreria bullying… Mas não precisei me preocupar, minha menina se adaptou e as outras crianças acolheram ela com todo o carinho, ajudando – a no seu dia a dia.
Falando sobre os colégios, existem três tipos:
- Públicos (Bons) saem às 14h
- Concertados (Muito bons) saem às 14h
- Privadas (Muito bons) saem às 17h
Já a minha filha mais velha, a Paula está cursando engenharia aqui. Existem duas formas dos estrangeiros estudarem, fazendo uma prova “seletividade” e podem concluir todo curso (Foi o que ela fez) ou uma tranferência de uma faculdade do Brasil tendo a oportunidade de estudar somente por 2 anos. A adaptação dela também não teve mistério.
Para o meu marido foi fácil, já para mim, bom… cabe bem a parte de se reinventar, sou ortodontista e no Brasil trabalhava e estudava muito, aqui estou tendo a oportunidade de testar novas coisas, como escrever um pouco para vocês aqui e passar minhas informações sobre meu novo lar, essa cidade incrível que estou descobrindo a cada dia, posso dizer que esse momento está sendo muito importante, entretanto, não tão fácil, mas esse papo ficará para um outro post.
Espero que tenham gostado. Besos 😉